19/11/2010

Dizem que o tempo cura tudo...


Já passou algum tempo. Muito tempo. Ás vezes parece-me que a nossa história começou ontem, outras parece-me que já estou sem ti há uma eternidade. Uma eternidade que tem custado a passar.
Todos os dias penso em ti, em nós. No que fomos, no que ainda podíamos ser. Nas promessas e planos, nos momentos que vivemos.
É difícil, muito difícil. Tenho um buraco no peito que me corrói por dentro, que me magoa a alma. E durante muito tempo achei que nunca mais ia sarar. Chegou a ser cada vez mais difícil. De dia para dia me ia parecendo mais impossível deixar de sentir este vazio enorme que deixaste na minha vida. Mas agora, depois de todos estes meses com sabor a lágrimas e saudade, parece que devagar, muito devagar, quase sem eu dar por isso, este buraco vai diminuindo. Vai ficando mais pequenino, menos profundo.
Pensei que nunca ia acontecer e apesar de não me querer desligar de ti, do meu coração disparar quando te vejo ou falo contigo, de todos os dias pensar em ti por tudo e mais alguma coisa, eu sinto-me bem, tranquila e aliviada por ver que afinal isto um dia irá passar, que a pouco o pouco, toda essa intensidade vai diminuindo. E que eu vou voltar a rir, rir muito, com gosto, com a alma limpa. Tenho mesmo saudades de me rir, de rir de maneira totalmente pura, com consciência de que não tenho motivos para não o fazer.
Sinto que esquecer-te é perder-te definitivamente, mas sei que isso já aconteceu há muito tempo e agora vou esperar, esperar tranquilamente, até que o buraco na alma desapareça por completo (vai demorar mas há-de acontecer) para depois soltar de novo a gargalhada que tanto me elogiavas.



3 comentários:

Rita disse...

O buraco em si nunca desaparece, apenas é atenuado*

Tânia Gil disse...

Já me contento com isso. Depois de tudo, a diminuição gradual do sofrimento já é um grande alivio, pensei que nunca ia acontecer.

Rita disse...

Mas acontece =) não sara totalmente mas ganhas tantos anticorpos que fica atenuado*