Um azar nunca vem só

Tenho dois pares de óculos escuros, apenas dois. Ou melhor, tinha. É um acessório que adoro e que complementa todos os meus coordenados - quando a meteorologia o permite - mas uns foram-se partindo, outros ficaram esquecidos algures, outros simplesmente passaram de moda, a verdade é que fiquei resumida a dois, dois modelos muito giros e muito diferentes que me satisfaziam completamente e os quais adorava. Pois é, acontece que neste preciso momento não tenho nenhuns. Uns ficaram algures perdidos num passei até Cascais. Quase soltei uma lágrima quando percebi que nunca mais os veria, eram os meus preferidos, aqueles que me acompanhavam para todo o lado há mais tempo. Guess what?? Fiquei resumida a uns e mesmo assim fiz o favor de, logo no dia a seguir, me esquecer deles em casa de uma amiga minha que rumou até ao Alentejo e vai demorar para voltar. Pois é, aqui estou eu, sem óculos de sol e a pensar que tenho que começar a andar todos com os meus pertences pendurados ao pescoço porque perder coisas e deixá-las esquecidas aqui e ali é mais fácil para mim do que para o Ronaldo marcar um penalti.