Não queriamos uma relação, não estavamos preparados para isso. Mas era para uma que estavamos a caminhar. Por isso achámos melhor abrandar o passo, tentar levar as coisas com mais calma. Tivemos que nos afastar um bocado, senão seriam impossivel. Custou, estive uma semana sem o ver, acabaram-se as horas intermináveis ao telefone e eu pensei que tudo ia correr mal, que não iria haver volta a dar, que tudo ia desmoronar-se e que as minhas esperanças tinham sido defraldadas outra vez, que as prespectivas de voltar a sentir-me plenamente feliz não se iriam concretizar. Mas não, agora sinto-me bem, estou tranquila. Sei que é melhor assim, não nos devemos precipitar, ambos já cometemos erros que não queremos voltar a repetir. Sei que temos um grande carinho um pelo outro, que ao contrário do que esperavamos no início, começámos a gostar um do outro, tenho a certeza disso e talvez seja por isso que estou mais segura, porque o que quer que seja que aconteça, será certamente o melhor. Eu sempre digo, o que tem que ser tem muita força.
Estamos em stand-by, e nunca gostei muito desse tipo de situação, não sei o que vai acontecer, e de certo modo, isso inquieta-me, mas surpreendentemente fui invadida por esta serenidade que me está a ajudar a manter a calma e que, aconteça o que acontecer, vai atenuar a minha dor. Isso dá-me segurança.
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