23/10/2011

Ainda sobre a perda e a forma como ela nos muda



Entrei para a faculdade, para a minha primeira opção, Serviço Social e estou certa de que é isso que quero. Mas só é assim porque há algum tempo afastei por completo da minha cabeça aquilo que, na verdade, sempre quis.
Eu queria tirar Jornalismo para fazer Jornalismo de Guerra. Estava convicta de que era isso que queria mesmo e durante muito tempo imaginei-me a fazer disso a minha profissão, imaginei a minha vida em torno disso. Até que, subitamente, perdi alguém querido que me fez pensar na facilidade com que somos retirados deste mundo. Morrer é tão fácil, causa tanto sofrimento a quem fica que não é justo morrermos por nos arriscarmos de livre vontade a isso enquanto outros lutam pela vida com todas as forças. Apercebi-me disso e decidi que quando morresse seria por não ter outra alternativa, decidi que com tanta coisa que podia fazer, não me iria meter no meio de guerras e catástrofes, longe dos que amo, a arriscar a minha vida todos os dias por opção própria. É assim que a perda nos muda.

2 comentários:

Prazer , Inês disse...

oh Joana , que querida..obrigada :) não deixei nunca de seguir*

Tânia Gil disse...

Obrigada Inês, tu é que és uma querida :) mas não é Joana, é Tânia x)